29-05-2002. Medida objetiva cumprir a LDB que exige formação superior a partir de 2007.
O ensino a distância é uma excelente oportunidade para que professores leigos façam o curso superior e assim cumpram um dos objetivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). De acordo com a lei, a partir de 2007, nenhum professor poderá dar aulas se não tiver curso superior completo.
No site www.mec.gov.br no ícone Educação Superior há a relação das 15 universidades e dos 19 cursos superiores a distância.
A Universidade Federal de Mato Grosso foi a pioneira no Brasil a oferecer curso superior a distância. Há o de Pedagogia e de Licenciatura (este para os anos iniciais de ensino fundamental). A primeira turma desses cursos já se formou e hoje eles estão formalmente autorizados pelo Ministério da Educação. O professor não paga e a universidade fez parceria com municípios.
No Rio, existe o consórcio Centro de Ensino do Estado do Rio de Janeiro (Cederj) que tem parceria com o governo do estado. Destina-se a professores da rede estadual e municipal que não são formados em curso superior.
Em Minas Gerais, a Secretaria Estadual de Educação selecionou, por meio de processo público, 17 instituições - a maioria pública - que vão dar os cursos e eles estão em processo de credenciamento no MEC. Os cursos superiores a distância têm carga horária mínima de 2.800 horas. "Esses cursos estão crescendo e vão ser a forma de cumprir um dos objetivos da LDB", explica o coordenador-geral de Implementação de Políticas Estratégicas do Ensino Superior da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), Eduardo Machado. Cursos superiores a distância precisam ser autorizados pelo Ministério da Educação. Quando não são a distância e a faculdade é estadual, a responsabilidade de supervisioná-los cabe aos Conselhos Estaduais de Educação.
Leigos dispõem de diversos meios para formação
Ao contrário do que se imagina, a Internet não é a única ou principal ferramenta para se fazer estes cursos. Muitas vezes, a Internet não é utilizada, inclusive porque milhares de professores ainda não têm acesso particular à rede.
"Os cursos superiores exigem momentos presenciais e outros instrumentos continuam sendo válidos para a Educação a Distância, como os Correios, materiais impressos, teleconferências (fundamentais como instrumento de ensino a distância e atingem locais diferentes)", explica. Em alguns casos, esses programas estão criando pólos regionalizados onde os alunos podem ter acesso ao computador e à rede. Prioridade - Os cursos superiores para formação de professores devem ser uma prioridade política dos estados e municípios. "Eles devem organizar este programa de formação, inclusive com utilização da Educação a Distância, ou seja, organizar cursos de Licenciatura, tanto para Educação Infantil e séries iniciais - 1ª a 4ª do ensino fundamental -, quanto para disciplinas específicas do ensino básico, como Química, Física, Biologia", acrescenta Eduardo Machado.
fuente: Rede MEC, Brasília DF
fecha: 29/08/2002