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(San Salvador de Bahía-Brasil)
ARTE: UM SEGREDO SEM NOME
A arte não fala de nada, ela faz do nada uma atitude poética. Qualquer coisa feita pela mão do artista é uma obra de arte; um objeto de êxtase que ignora explicações.
Um objeto discreto ou escandaloso, confuso ou divertido, assim é o objeto de arte. Pouco importa o que se pode falar sobre ele; da mesma forma que os títulos não informam definitivamente a idéia da coisa, o discurso sobre a arte não dá conta de seu objeto. A arte não imita nada, inventa realidades que ultrapassam aquilo que é revelado à contemplação.
(c) Almandrade
O nome Almandrade está associado a uma estratégia singular dentro daquilo que costumamos designar arte contemporânea, artista plástico, poeta e arquiteto, rigoroso, avesso aos modismos, produz como se o fazer artístico tivesse uma ética./ Uma obra que se encaminha para uma coisa cada vez mais concisa, enxuta, em direção a uma poética que se expressa com um vocabulário mínimo, seja pictórico ou lingüístico./ Um dos principais nomes da poesia visual, no Brasil, nos anos 70./ É dono de um estilo que chega a espantar pela coerência de transitar em diversos suportes, inclusive a palavra, sem perder o rigor e a responsabilidade com a linguagem e o pensamento. (Gilberto Motta)
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